sábado, 12 de janeiro de 2013

Trabalhando Tipos/Gêneros Textuais em Sala de Aula

O texto de hoje está disponível aqui :D (CLICAR)

De: CALDAS, Lilian Kelly, TRABALHANDO TIPOS/GÊNEROS TEXTUAIS EM SALA DE AULA: UMAESTRATÉGIA DIDÁTICA NA PERSPECTIVA DA MEDIAÇÃO DIALÉTICA

* Acho que meu post não estará muito por dentro do texto... vamos ver o desenrolar. rsrs


A pergunta pertinente é: "É possível trabalhar diferentes gêneros e tipos textuais em sala de aula?"

Em que sentido esta colocação daria qualidade ao trabalho do professor?

Há muito tempo, ouvimos dizer que o professor precisa desempenhar um papel de qualidade, o que pode ser interpretado de diversas formas, nem vou adentrar por este assunto, porque a discussão que quero trazer nem é essa e meu objetivo é que você leia o post até o final.

Para quem já atua em sala de aula é muito comum ouvir que é necessário trabalhar os diferentes gêneros textuais em sala de aula, é necessário abrir o leque de oportunidades para seu aluno de modo que ele identifique e se aproprie daquilo, se tornando altamente capaz de relacionar os diferentes gêneros e dominá-los. Nossa, seria realmente lindo. A questão aqui é: COMO FAZER ISSO SE MUITAS DAS VEZES, É O PROFESSOR QUE NÃO CONHECE OS GÊNEROS E OS TIPOS OU A DIFERENÇA ENTRE ELES? Dessa forma, podemos gerar mais problemas do que soluções. Isso porque os professores ficam buscando apenas os erros dos alunos. É, é isso mesmo!!!! Você ai professor, quer arrancar a cabeça do seu aluno porque ele ainda não conseguiu entender a diferença entre o "M" e o "N", então, você decide que trará uma aula super diferenciada para o seu aluno, onde você vai trabalhar vários gêneros diferentes, de forma lúdica e divertida.... blá blá blá. Mentira sua. Você vai enfiar na cabeça dele mais regras. Não estou dizendo que seu aluno deve sair de sua respectiva série sem conhecer as regrinhas, lógico que não, mas que tal você observar a produção dele? Ás vezes o aluno não consegue entender os "erres", verdade, porém, ainda que esteja escrevendo errado, ele pode estar fazendo reflexões belíssimas. José Luiz Ladeira em seu blog, disse: "a língua portuguesa deixa de ser limitada por uma visão gramatical teórica e passa a ser considerada uma atividade humana, um meio, por excelência, de existir no mundo. Isso nos desafia a levar essa língua para a sala de aula o mais próximo possível de como ela é surpreendida em seu uso cotidiano."
Qual é a melhor maneira de ensinar? Terão diversos teóricos que trarão essa discussão, a gente sabe que quando se trata de opinião faremos menção à pesquisa e quando se trata de pesquisa, ninguém tem opinião, você tem sempre que falar se apoiando na fala de outros. Mas vamos sair desse universo um pouco, para de ouvir dos “outros” o que é bom para sua turma, como seu trabalho deve ser feito. Ninguém está em sala de aula com você, você é quem conhece sua turma, por isso, é compromisso SEU, ensiná-los. O professor é quem deve observar a turma e diagnosticar, onde cada um tem mais dificuldade, qual é a maneira que cada um aprende, quem tem mais facilidade, quem tem um pouuco mais de dificuldade, sabemos que o tempo de aprendizagem de cada aluno é diferente. Ai vem alguém e diz que é difícil fazer isso, com certeza! Mas é nosso papel, nós somos a classe forte, queridos! Somos nós que formamos o engenheiro, o médico, o advogado, o astronauta, o diplomata, todos eles passaram por nossas mãos! E as pessoas inteligentes, de verdade, sabem que essa é a verdade. Nós somos o poder da nção, somos os professores. Quando trazemos o trabalho com gêneros textuais, precisamos antes de qualquer coisa observar o mundo e nossos alunos, trazer exemplos reais, mostrá-los que não há mistério! O mundo em que eles estão inseridos já os ensinou o suficiente e ele está ali para ir além, com um professor do seu lado para o orientar, o ajudar a compreender as milhares de informações que este aluno recebe todos os dias enquanto ele caminha de casa à escola, na volta pra casa, na ida ao mercado com a mãe, no jogo de futebol com o pai, nas brincadeiras de rua com os primos e tantas outras atividades que este aluno realiza. Eu sei, você vai dizer: "Mas os alunos não querem nem saber de ler! Como eu vou trabalhar gêneros textuais se eles não lêem?" Isso, porque para alguns ler é natural, tem gente que tem o prazer de ler, lê por hobby, há outras pessoas que não gostam de ler, tem preguiça. Mas também é responsabilidade nossa tornar a leitura algo divertido. Ok, isso pode ser difícil. Mas não é impossível, você também trabalhará na base do diagnóstico. O que atrai seu aluno? O que ele gosta? Quais são suas preferências? Como você pode induzi-lo a ler, mediante este interesse? O que você pode trazer de especial para seus alunos? Ai, seu aluno entenderá que ele não está sendo obrigado a aprender algo, mas sim que este conteúdo é importante e extremamente interessante para ele levar com ele. Já vi diversos adultos com dificuldades para escrever um simples bilhete. Coincidência, não?

Enfim, a questão é: eu acredito que seja possível sim, ensinar os gêneros e os tipos textuais, mas o professor deve se preparar realmente para esta tarefa e deve observar seus alunos, para que esta aula seja uma aula de qualidade (olha ela ai de novo), e agora, o conceito que eu estou dando à qualidade é: que todos saiam da sala compreendendo o conteúdo dado. :D


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